Bem como o nome sugere, o texto em questão é realmente uma arma para nossos ouvidos e em especial para nossa alma. Uma bomba da mais suave, pura e doce criatividade. Uma granada da delicada energia de Jack White. Blunderbuss é o álbum solo de Jack e traz um rock com nuances do blues, do country, do folk, do jazz. White mostra neste disco que a energia do rock'n'roll pode muito bem ser acompanhada pelo piano, pelo violino, por um piano clássico. Revolucionando e mostrando mais um tom de sua paleta de criatividade, Jack White prova que consegue fazer rock da maneira mais simples com guitarra e bateria, com o glorioso White Stripes, e com uma banda de mais de cinco instrumentos diferentes. A versatilidade está aliada há uma imaginação ímpar e um ouvido espetacular.
She put the ice up on my tongue and then it melted away |
Missing Pieces abre o álbum e de primeira, choca aqueles que estão acostumados com a guitarra suja de Jack White. Um piano, um leve toque na bateria, um riff simples na guitarra. Mas a música mostra a riqueza que a banda, de mulheres, deu ao nosso caro amigo. Vocais que se aliam e tornam-se um e a música vai ganhando consistência em nossos ouvidos.
You took me to a public place to quietly blend into |
Freedom at 21 é uma das minhas favoritas. Acho que nessa música, Jack cria o podemos chamar de 'rap blues'. Um baixo suave, uma guitarra com noises sutis e uma bateria que não poderia ser melhor trabalhada para o que a música pede. Palavras rápidas de contundentes jogadas entre um acorde e outro. Tema: mulheres, mulheres, mulheres...
I wont let love disrupt, corrupt or interrupt me |
Homônimo ao álbum, Blunderbuss começa com toques sutis num violão acústico, logo depois, um piano começa a ser tocado como quem toca uma mulher que já conhece. A música traz tranqüilidade à medida que a curiosidade da história lunática da letra cantada cresce. A música o consagra, mesmo que ainda não tenha acabado o álbum. A pureza e harmonia que os instrumentos se arranjam com voz, sentimento e palavras colocados enriquecem o ouvinte.
But if you’re thinking like i, i think you’ll see that you’re mad at you too |
I'm shaking lembra o rock'n'roll dos anos 50, tanto pela melodia da música, pelos vocais, pela guitarra que range bem menos, pela letra que ao mesmo tempo é inocente e maliciosa, pelos cocais femininos no fundo, pelas palmas que substituem as cordas nos momentos certos. Solos agudos não poderiam faltar, não quando se trata de Jack White.
I got a feelin' my minds in the sky |
Trash Tongue Talker... Bem, para ser sincera, eu não ouvi tantas vezes para poder passar alguma impressão dela. Ouçam e compartilhem idéias.
Hip (Eponymous) poor boy, On and On and On e Take me with you when you go, são as músicas com mais referencias clássicas do álbum. Pianos preenchem todas as músicas, e tirando a última, mantém um ritmo linear, sem muitos agudos ou mudanças como nas outras músicas. I guess I should go to sleep também traz muitas referencias clássicas. O piano é o que mais conversa durante a música e os vocais que acompanham Jack nos levam aos bordéis norte-americanos dos anos 30.
She don't care what kind of wounds she's inflicted on me |
*Curiosidade: Na capa do disco, Jack aparece com um corvo nos ombros. Trata-se de seu animalzinho de estimação.