Andar pela L2 Norte se tornou naquela noite algo mais quente e excitante. A rádio do carro estava ligada nessas rádios que falam sobre o trânsito, mas após uma interferência começou os pesados acordes de uma banda que eu nunca - nunca - tive interesse em conhecer.
A música era o single da banda e bastou para me fazer "repetir até cair no sono". 'Do I wanna know?' tocou entre chiados e roncar de motores às 18h na L2. Bastou para eu sentir meu corpo leve e minha alma descolar de lugar e flutuar sobre os bancos do carro. Sentir a música com o corpo tem je ne si qua todo especial.
O álbum, AM é novo, mas parece ser muito familiar para mim. Os acordes, letras e tons encaixam perfeitamente com o que ando pensando, escrevendo, sentindo. Quando isso acontece, merece um pouco de atenção. O ir embora, o chegar, a dúvida, o sexo e o amor são descritos nas letras como quem fuma cigarro em um filme preto e branco.
As doze músicas parecem terem sido compostas numa "lapada" só. Elas se mesclam entre si e faz do disco uma arte completa.
Confira:
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