Olá fonofílicos!
O vídeo que segue abaixo é sobre o documentário Rock Brasília, do diretor Vladmir Carvalho, e trata da cena do rock daqui, focando a era de ouro, os anos 80. Nessa década, surgiram aqui desse cerrado tão urbano, bandas que estão em foco até hoje, como Plebe Rude e Legião Urbana.
Sem dúvida, os anos 80 foi fértil para o rock nacional. Engenheiros do Hawaii, Titãs, RPM, Paralamas (chegando um pouquinho antes, no fim dos 70), Barão Vermelho... Essas bandas são até hoje, consagradas e são fundamentais para todos os ouvintes do bom rock'n'roll. Elas vinham carregadas de boas letras, ainda sofrendo com os resquícios da censura, elas de fato levavam a bandeira do rock por onde iam. Nessa época também foi dado início à um sonho (que hoje parece um pouco perdido, mas é assunto pra outra hora...) chamado Rock 'n' Rio.
Brasília foi uma fonte de ótimas bandas (tirando Capital Inicial, que... né)! E claro que eu não poderia de citar aqui Legião Urbana, que além de influenciar outras bandas até hoje, também influencia no modo de pensar e agir. E isso sim, é rock'n'roll!
Não havia nada melhor! Era tudo o que hoje queremos. Ouvir boa música na rádio, NÃO ver artistas se prestando à cada papel numa TV provinciana e vazia, poder curtir e revolucionar com a melhor trilha sonora que o rock nacional pôde presenciar.
Saber desse documentário fez com que me perguntasse: E hoje? Como nós brasilienses, candangos, moradores de cidades satélites, periféricos desse pequeno avião no meio do mapa estamos carregando o nome do rock aqui? E... É com muito orgulho que hoje não venho para criticar, reclamar e apontar. Hoje venho de boca cheia e brilho nos olhos me sentir orgulhosa com o que temos em termos de rock em BSB. SuperRock, até o finado Radical Rock, Rock Sem Fronteiras, Sarau Psicodélico, Porão do Rock, os shows no BlackOut, no Blues Pub, no Cult22, Ferrock, as páginas do Zine Oficial... Nossa! E tudo num circuito underground, do it yourself... E o que dizer das bandas? Coliformes Fecais, Galinha Preta, Quebra-Queixo, 5 generais, Stoner Baby, Marmitex S/A, Gonorants, Tributo à Led Zeppelin (que juro, é o Led Zeppelin do cerrado) Podrera... Todas excelentes dentro do seu gênero e o massa, todas acessíveis. Aqui o rock é de todos, para todos, para quem quer e para as "Donas Eulálias" da vida. Sobretudo, é o estilo rock'n'roll de vida. É rock desde o cara que anda de bike, ao bêbado que paga coca-cola em troca de umas músicas dos Beatles, é um rapper que gosta de Slipknot (e entende a banda), é o grupo de quadrinistas que colocam no papel o que são e não o que querem ser, é o pessoal que sem CNPJ ainda faz seus eventos, é levantar um show de rock de uma pracinha, de um parque de exposição, é dormir enrolado no carpete do palco... É viver o rock na sua essência, e é isso o que temos feito. É com grande orgulho que mostro à vocês, Rock Brasília, ninguém segura essa utopia.
vladimir carvalho
ResponderExcluirrenato russo
rock de brasilia
so faltou nicola behr hehe